Hoje encerro triste esse dia de trabalho.
Por pura injustiça fizeram com que um dos seguranças fosse despedido.
Ele é aquele tipo de pessoa que, em poucos dias, conhece todo mundo, conversa com todos, e acaba desenvolvendo amizade. Os pequenos gestos como oferecer bolacha pra você, trazer jabuticaba de sua casa pra cada funcionário, até o desempenho competente com que exercia sua função, faziam-no não só aquela figura carismática, mas alguém digno de elogios de clientes manifestados por telefone (o que, convenhamos, pra um banco é muito raro.).
Muitas vezes, ao encerrar o meu trabalho, eu acabava o dia conversando com ele. Ficávamos meia, uma hora, divagando sobre tudo e sobre nada. Era aquela conversa simples, gostosa, de alguém que tem muito o que ensinar, e que me tratava com um carinho paternal.
Foi homenageado recentemente numa confraternização com a presença do supervisor. Uma pompa. Quanto humanismo!
E hoje, quando mais precisou, aqueles que o saudaram recentemente responderam ao seu apelo com um "não posso fazer nada".
Agora eu vou embora pra casa. Sem ter com quem brincar ao sair da agência. Sem dar risada, sem ouvir nenhuma história. Vou embora triste, e impotente, por não poder fazer nada contra tamanha injustiça.
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