Passei o fim de semana de muito mau humor, mas foi bom para pensar.
O que quero da minha vida? Parece que as minhas expectativas para o futuro sempre dependem de ações de terceiros. Se tal pessoa me ligasse, se tal coisa acontecesse... E eu fico sempre me afundando, cada vez mais, porque tenho sido incapaz de agir, de mandar à merda o que não me faz bem, e de aproveitar (REALMENTE APROVEITAR!) o que aparece de bom.
Ao invés disso fico sentada. Sento num canto e me lamento. Sento em outro canto, e mais lamentações. Não sei se é o espírito inquieto demais, ou se eu não sei valorizar o que tenho. E não sei me encaixar onde estou.
Vai saber! Acho q é a síndrome do "UM ANO". Passo um ano num lugar, e é como se não houvesse mais nada para desfrutar dele. E isso vem desde que saí da casa dos meus pais. Não faz tanto tempo assim, apenas 3 anos, mas, ao menos na minha mente doentia, é uma eternidade. É, também costumo exagerar...
Fiquei morando aqui por um ano e pouco, e na primeira oportunidade que tive, sem pensar duas vezes, mudei pra bem longe! Não tenho dificuldade em me relacionar, nem em fazer amigos. As adaptações normalmente são fáceis. Só que depois de um tempo, tudo fica chato demais. E passa do chato ao insuportável. E, de novo, do insuportável ao "preciso sair daqui!".E foi o que eu fiz. Saí do deserto e voltei pra onde eu tinha saído da primeira vez. Passou um ano, e aquela coceira voltou, aquela vontade de mudar, de sair, de deixar coisas pra trás, reapareceu. Dessa vez não mudei de cidade, apenas de apartamento. E depois que mudei, o apartamento antigo não parecia mais tão ruim, assim como essa cidade não parecia tão ruim quando saí daqui. E o deserto não parecia tão ruim quando me mudei de lá.
Eu era mais alegre, mais ativa, mais falante, mais sorridente, mais sarcástica até. Hoje consigo me ver como uma anti-social isolada, o que é diferente de ser anti-social na faculdade, com um bando de amigos, quando eu era inconsequente e me divertia pra caramba!
Preciso fazer alguma coisa pra parar de me afundar... retomar as coisas que costumavam me fazer bem, como escrever nesse blog, nem que seja só pra desabafo e ninguém leia, ou ache chato. Já seria um começo. Viajar, sair à noite, caminhar pela XV, cortar o cabelo, ligar para as minhas amigas (ou, ao menos, escrever e-mail). Ser mais divertida.
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