Às vezes é como se as coisas não fossem se resolver nunca. De repente elas se resolvem. E voltam ao caos num piscar de olhos.
A vida, as mudanças. O trabalho, os estudos. Os amigos, a família. Os amores e os filhos da puta que ficaram no meu passado. Todos fazem parte desse caos organizado em que vivo. Até a pia da cozinha que insiste em não deixar a água seguir seu rumo natural cano adentro.
Um dia acordo e, trabalhando, penso sobre o que estou fazendo da minha vida. Um trabalho que não é o que eu quero para o meu futuro. Uma cidade fria (em todos os sentidos). E uma súbita vontade de largar tudo e sair pelo mundo.
Choros vendo propaganda de televisão, crises nervosas pós-jornada-de-trabalho, e aquele sentimento de não pertencer ao mundo que me cerca.
Então um dia eu acordo com aquela dor inconfundível que, graças ao fato de eu possuir um útero, vem e vai todo mês. E tudo se esclarece: Maldita TPM!
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