28.3.05

Kiko & Kika

Quando eu estava no jardim de infância era muito criativa. Eu imaginava que o nosso chão ficava em cima de um mundo paralelo, cheio de bruxas. O solo onde pisávamos, se cavássemos bem fundo, daria no céu desse mundo.
Durante o recreio eu e minhas amiguinhas do jardim costumávamos cavar o jardim da escola a fim de comprovar a nossa teoria. Nunca chegamos a cavar o suficiente.

Na casa que eu morava quando era criança tinha uma espécie de areazinha, que ficava ao lado do quarto da minha irmã, e que também podia ser acessada pulando a janela do meu quarto. Eu imaginava que, de vez em quando, pousava uma nave cujos tripulantes eram sapos gigantes, do tamanho dos meus pais, que vinham de uma cidade próxima para confraternizar conosco. Até hoje não sei se cheguei mesmo a ver os sapos, ou se foi tudo fruto da minha imaginação.

Ao contrário das bruxas, os sapos eram amigáveis. Mais tarde dois deles chegaram a fazer sucesso na mídia. Tinham uma voz eletrônica, e lançaram um vinil como Kiko & Kika. Bons tempos aqueles.

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