Há alguns dias a porteira do meu prédio veio perguntar se eu gostaria de receber a santa em casa. Não era nenhum tipo de sessão espírita. Era aquela santinha que, em muitos lugares, é passada de casa em casa para orações.
Eu, como uma boa moça, respondi "Não, obrigada. Não sou católica." Dei um sorrisinho, virei e subi o elevador.
Então me lembrei da minha infância... essa santa sempre foi presente na minha vida, principalmente quando criança, na casa da minha avó. Eu sinceramente nunca soube a real utilidade dela. Sempre a via parada, com a listinha de casas que a recebiam ao lado. Em alguns dias era repassada para o próximo da lista. Conhecendo a minha avó, acredito que ela devesse rezar junto à santa.
Mas interessante mesmo é na casa dos meus pais. Ninguém é realmente (nem muito falsamente) religioso. Não vão à igreja, não se confessam. Alguns se dizem católicos, daqueles "não praticantes", sabem? E ainda assim, quando perguntaram à minha mãe sobre a visita da santa, ela se colocou logo na lista.
... E até hoje a santa é vista entrando e saindo daquela casa. O que ela faz lá? Nunca se soube. Assiste tv, quem sabe, pois é ao seu lado que ela fica desde o momento que chega até o momento da partida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário