13.6.09

Aprendendo a incentivar

Estávamos conversando enquanto jogávamos pôquer online e discutíamos para que lado a nossa caminhada iria logo mais.
E então surgiu o assunto "parar de fumar".
Ele me perguntou: Você acha que vai conseguir parar de fumar sem tomar nenhum remédio?
Eu respondi que achava que sim. Vou tentar parar de vez. Acho que consigo.
Ele pensou, pensou, e disse: É... eu acho que não consigo parar de uma vez só.
Sabem aqueles momentos em que a verdade absoluta vem à tona? Todo mundo sabe a resposta. É óbvia! Está estampada bem ali! Mas, como toda verdade absoluta, nunca deve ser pronunciada.
E eu? Pronunciei!
- É, eu também acho! Você não consegue mesmo!
Ele é do tipo que, se fica sem cigarro à meia-noite, sai no frio ou na chuva para comprar uma carteira! Eu fico sem fumar por bons tempos. Fico semanas, às vezes, fumando só alguns poucos cigarros. Ele não consegue. Mas ainda que a verdade estivesse ao meu lado, fiquei com remorso depois de ver a reação dele.
- Poxa, em vez de me incentivar falando "Você é forte, é claro que consegue!", fica sendo negativa. Eu não disse que você era negativa?
Comecei a rir. Um pouco de nervosismo, um pouco pela situação. Era verdade, oras!
Acho que esse é o dilema de toda companheira. A mentira para fazer o outro feliz. A negação total da situação! É como fingir não ver estampada a "verdade absoluta"!
Para que lado eu iria? Deveria considerar a tradição e mentir pelo outro? Ou revelar, enfim, a verdade absoluta?
Respondi:
- Desculpa. Parece horrível o que falei. Só que eu só falei a verdade...
- Viu? Eu não disse? Não acredito que você fez DE NOVO!

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